Em Vila do Conde, a secagem do bacalhau organizada de forma industrial começou no séc. XIX, fundamentalmente entre o Monte do Pevido e a Doca. Em meados do século, António José de Sousa Júnior, negociante de bacalhau, mandou construir a Casa do Risco, um armazém do bacalhau vindo da Terra Nova.
No início do séc. XX, alguns armadores do Porto constituíram parcerias marítimas e respetivos secadouros de bacalhau na foz do rio Ave. É o caso da firma Pescaria Portuense, da qual foi sócio o vilacondense Francisco Estêvão Soares.
Posteriormente, foram construídos armazéns destinados à seca do bacalhau na avenida Marquês de Sá da Bandeira, mandados edificar pelo comendador Artur Paiva no início de 1950. Assumindo a designação de Organizações Taveira da Mota, Guimarães Cardoso e C.ª Lda., essas instalações continuaram a laborar até final da década de 1990.
Em 2020, o edifício da antiga seca do bacalhau de Vila do Conde e os estendais adjacentes foram classificados como Conjunto de Interesse Municipal. Para este espaço está previsto o Centro Artes Náuticas (CAN) e um centro interpretativo ligado à construção naval em madeira.